quero aquilo que sou.
Há quase um século que ouço falar de ti-
E não te conheço...
E, de tanto falar de ti -ignoro ati mesmo
Com tantos soros teológicos me vacinaram-
Que acabei por ser imunizado contra teu espirito...
Mas eu quero ser alérgico, sencivel, ao teu espirito,ó Cristo!
Faze de mim carta branca, criança inocente, antena receptiva!
Nao me interessa o pouco que sei - fascina-me o muito que sou .
De boa mente darei todos os oceanos do meu pseudo-saber
Por uma única gotinha do meu ser em ti.
Sei que tu não és aquilo que os homens eruditos dizem de ti.
O que tu és nao o podem os homens dizer-
E o que os homens dizem de ti, isto tu nao és...
Mesmo os Evangelhos não disseram de ti a última palavra,
O que eles calam de ti é mil vezes mais belo
Do que aquilo que falam de ti.
Em momentos divinos, adivinha minha alma,nas entrelinhas,
Oque não foi escrito nas linhas da tua mensagem.
Para além da "letra mortífera" intui minha alma o "espirito vivificante".
Iluminado por uma luz anonima, eu leio com a alma
A mensagem que há no abismo das reticências...
E a voz do silençio me diz mais
Do que a mais sonora eloqüência...
E, nesse momento, eu te vivo , divino Mestre...
Vivo a tua vida...
Sinto o teu espírito...
Sou o que tu és...
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